A Antiguidade era Grécia e Roma; o resto, seu entorno. "A civilização antiga centrava-se em redor do Mediterrâneo. (...) As grandes oscilações dos preços agitavam a economia desde o Eufrates até a Gália. Sem os trigos da África, a existência da Roma imperial não poderia conceber-se, tal como, sem o africano Agostinho, a teologia católica não existiria. Em contrapartida, transposto o Reno, começava o imenso país dos bárbaros, estranho e hostil (BLOCH.1939:13).
As invasões bárbaras mudaram a situação. Alguns invasores agregaram sentido a uma nova unidade europeia; outras foram subjugadas ou derrotadas. A Europa ou o Ocidente estava entre o Tirreno, o Adriático, o Elba e o Oceano (BLOCH. 1939: 14). Os povos maometano, bizantino e o eslavo estão entre o que foram postos nas fronteiras, enquanto as invasões germânicas ajudaram a compor a unidade romano-germânica (BLOCH. 1939: 14). O Império Carolíngio foi o ponto de virada dessa unificação, dando origem aos seis grandes "povos" europeus. O predomínio românico se deu em três deles, o francês, o espanhol (português) e o italiano. O germânico prevaleceu em outros três, o alemão, o inglês e o escandinavo. “São eles de ascendência igual ou similar, apresentam traços comuns, tanto nos costumes, quanto nas instituições; em sua história interna revelam vínculos extremamente coordenados e, em esforço comum, deram lugar a algumas das grandes realizações do Ocidente”. (RANKE, 1824, p.65)
O fim das invasões dos não-europeus: a organização estatal, a conversão ao catolicismo e resistência militar (BLOCH. 1939: 27-30.)
Referências:
BLOCH, Marc. A Sociedade Feudal. Lisboa: Edições 70, 1982 [1939].
RANKE, Leopold Von. "Da Unidade Essencial dos Povos Romanos e Germânicos e de Sua Comum Evolução". In HOLANDA, Sérgio Buarque de (Org.). Leopold von Ranke: história. São Paulo: Ática, 1979 [1824].
ORTEGA Y MEDINA, Juan A. Teoría y crítica de la historiografía científico-idealista alemana (Guillermo de Humboldt-LeopoldoRanke). México: UNAM, 1980.
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